Cosa Nostra: máfia italiana investe em imóveis em Bananeiras e Cabedelo, PB, diz MPF; FOTOS

  • 18/09/2024
(Foto: Reprodução)
MPF denunciou nove pessoas, sendo três italianos e seis brasileiros, por esquema que lavou capital ilícito de, pelo menos, R$ 300 milhões desde 2009, especialmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Apartamentos de mafiosos italianos em Cabedelo, PB, visto do Google Maps. Google Maps/Reprodução Seis brasileiros e três italianos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por organização criminosa internacional e lavagem de dinheiro para a máfia italiana. A denúncia foi divulgada nesta terça-feira (17) e uma das formas de lavar o dinheiro proveniente de crimes como tráfico de drogas, extorsão e homicídio era adquirindo imóveis. Notavelmente na Paraíba, foram identificados apartamentos em Cabedelo e uma casa de luxo em um resort em Bananeiras. MPF denuncia 9 pessoas por lavagem de dinheiro da máfia italiana no Brasil A atual denúncia é resultado da Operação Arancia, que investigou uma ramificação da Cosa Nostra, uma das maiores organizações mafiosas da Itália que atua no Brasil, especialmente no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Em Bananeiras, uma casa de luxo em um resort foi adquirida. Em Cabedelo, foram comprados apartamentos em Intermares. Todos esses investimentos foram financiados com os lucros do tráfico de drogas e da extorsão realizada em Palermo, na Itália. Imóvel de luxo em condomínio na cidade de Bananeiras, PB (esquerda); Giuseppe Calvarusso esteve na cidade em dezembro de 2019, onde visitou a construção da casa. MPF/Divulgação No Rio Grande do Norte, a partir de 2009, inúmeros investimentos corporativos e imobiliários foram identificados, como a compra de um restaurante de luxo em Natal e um grande loteamento residencial no município de Extremoz. Quem são os mafiosos? Segundo o MPF, Giuseppe Calvaruso é apontado como o principal líder da máfia Cosa Nostra no Brasil, orquestrando o esquema de remessa e lavagem de ativos ilícitos sicilianos. Ele contou com a colaboração fundamental de Giuseppe Bruno e Pietro Ladogana. Pietro Ladogana, junto com sua então companheira, utilizou empresas e funcionários "laranjas", além de transações fictícias, para receber e reinvestir vultosos recursos da máfia italiana no Brasil, especialmente em setores imobiliários e de serviços, conferindo aparência de legalidade aos recursos. Após a prisão de Pietro em 2014, sua esposa continuou o esquema criminoso com Giuseppe Bruno, lavando pelo menos R$300 milhões com laranjas e empresas de fachada. Segundo as autoridades italianas o valor total dos ativos investidos podem superar 500 milhões de euros, em valores atuais, mais de R$ 3 bilhões. Mafiosos italianos lavaram dinheiro do crime com compra de dois imóveis em Intermares, na PB Igor Grazianni Além dos líderes mafiosos a organização Cosa Nostra contou com a participação de diversos "laranjas" para dificultar a rastreabilidade dos recursos ilícitos. Esses "laranjas" assumiram posições estratégicas em empresas de fachada chegando a serem "sócios", mesmo sem ter experiência profissional, rendimentos ou patrimônio compatíveis com os recursos movimentados. Entre os principais "laranjas" estão Sara da Silva Barros, companheira de Giuseppe Bruno; Jonas Lopes Barros, meio-irmão de Sara; Ene Maria de Oliveira, irmã de Sara; Regina Souza da Silva, que foi companheira de Pietro Ladogana; Gláucia Figueiredo dos Santos, que participou como sócia-laranja em empresas fictícias e Tamara Maria de Barros Lima, também companheira de Pietro Ladogana. Operação Arancia Deflagrada em agosto deste ano, a Operação Arancia resultou no mandado de prisão preventiva de Giuseppe Bruno, um dos líderes da mafia, além de cinco mandados de busca e apreensão, em três estados brasileiros: Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí. Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo coordenou 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça. Além da condenação dos envolvidos, na denúncia desta terça-feira (17), o MPF pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva de Giuseppe, que está sob custódia na Itália, e de Pietro Lagodana, que atualmente cumpre pena no Presídio Estadual de Alcaçuz, no RN. sede ministério público federal na paraíba mpf-pb joao pessoa Krystine Carneiro/G1 Ainda nesta terça-feira, a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5a Região (TRF5) negou pedido de habeas corpus e Giuseppe Bruno segue preso aguardando julgamento. A Equipe Conjunta de Investigação (ECI) responsável pela operação é formada pelo MPF, Polícia Federal, Procuradoria de Palermo e pela polícia italiana, com o apoio da Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal, Eurojust. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2024/09/18/cosa-nostra-mafia-italiana-investe-em-imoveis-em-bananeiras-e-cabedelo-na-pb-veja-imagens.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Seu pedido de música (83) 991065723

Top 5

top1
1. As melhores

J. Neto

top2
2. As melhores

Matos Nascimento

top3
3. Um dia vira

Valentina Zara

top4
4. As melhores

GEIBER DIAS

top5
5. De nada valeria

Denner de Souza

Anunciantes